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Consideração em meio a desconsiderações, imagem editada do que não se permite ser.

domingo, 10 de julho de 2011

  Visitava alguns lugares frequentemente. 
  Parava e mantinha um mesmo foco. 
  Pensava em como as coisas eram, em como aconteciam pra mim e poderiam estar acontecendo em um outro canto, com uma outra pessoa.
  Me alegrava e me compadecia dessas hipóteses, sem ao menos conhecer todo o contexto envolto nelas.
  Meus pensamentos não tinham começo, nem um fim certo.
  Era incrível notar a 'não ação' do tempo, mesmo com os ponteiros girando e girando, sempre numa constância.
  Ele poderia continuar interferindo ou fazer da sua falta um motivo pra que esses momentos inexistissem, mas ele se calava, mantinha sua função sem que o seu "tic tac" incomodasse.
  Após dar muitas voltas acompanhando a frequencia dos meus pensamentos e o meu acreditar nessas hipóteses, notou que era hora de colaborar pra que de fato acontecessem.
  Fez com que o nosso tempo fosse um só, o universo paralelo se tornou o mesmo.
  Parei de pensar nas hipóteses, mas ainda acredito nelas, acredito no que se passa ao meu lado.
  Não as vivo, mas as vejo e sei que de uma forma ou de outra, faço parte do seu cenário e que você  faz do meu.
  Agora estamos num mesmo universo e ainda não vivemos juntos essas mesmas coisas.
  Mas continuamos acompanhando esse avanço dos ponteiros, que giram e giram, constantes.
Amanda Morato Melo.

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